O Sistema FAEMG/SENAR/INAES se prepara para a implementação de mais um
curso: Pecuária de Precisão.
O treinamento piloto foi promovido em Martinho
Campos, em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais do município. Em
breve, ele estará disponível para produtores de todo estado.
"O meio rural vem exigindo, cada vez mais, que o produtor profissionalize o
trabalho. O curso trouxe exatamente essa reflexão, apresentando as principais
tecnologias que podem ser aplicadas na rotina do trabalhador para facilitar a vida e
melhor os processos produtivos”, explicou o instrutor Marcos Aurélio Lopes.
O objetivo é que os participantes possam conhecer o universo de possibilidades e
vislumbrar o uso dos recursos tecnológicos na propriedade. Assim, as atividades
zootécnicas podem acontecer de forma rápida, precisa e com ergonomia. De
acordo com Marcos Aurélio, apesar de alguns exigirem alto investimento, outros
são bastante simples, custando cerca de R$20,00, a exemplo do termômetro.
“O mercado é amplo e o contato com novas tecnologias vai das mais simples às
mais sofisticadas, como a ordenha mecanizada, que é o que há de mais moderno
atualmente. Por outro lado, temos o termômetro digital, produto de fácil acesso,
que auxilia e muito para que o produtor possa conhecer a temperatura da água dos
animais ou de um colostro que está sendo descongelado em banho-maria, dentre
outras funções. A aplicabilidade é muito grande, mas muitos produtores não
utilizam porque não têm conhecimento destas informações”, explicou.
Para a analista técnica da gerência de Formação Profissional do SENAR MINAS,
Marília Saraiva, a pecuária vem passando por transformações e se tornando mais
competitiva, exigindo do produtor rural maior especialização e capacidade de
gerenciamento. “O uso de tecnologias de informação, aliadas às análises destas
informações geradas, trazem melhorias nos processos produtivos, uma vez que
fornecem informações prioritárias para tomada de decisões," considerou.
“Eu desconhecia muitas tecnologias e as formas adequadas de uso na pecuária. A
linha do tempo possibilitou debates sobre as vantagens e desvantagens de cada
uma e trouxe mais consciência na escolha, considerando a realidade de cada
propriedade. O local escolhido para o curso foi perfeito para as práticas de
identificação do rebanho, de contato com a ordenha robotizada e outros
acessórios, além das condições do Compost Barn. O SENAR está sempre inovando
e com equipes qualificadas de instrutores. Parabenizo e agradeço pela
oportunidade de crescer profissionalmente”. – Monique Regina Carvalho Freitas,
aluna do curso.
Possibilidades práticas
Durante a experiência prática, os alunos participaram da simulação de nascimento
de uma bezerra até ela se transformar em vaca e parir duas vezes. Diante do caso,
eles consideram algumas tecnologias da pecuária de precisão que pudessem ser
utilizadas naquela situação, como: identificação eletrônica e pesagem dos animais,
aleitamento automático e robotizado das bezerras, detecção eletrônica de cio,
limpeza automática dos equipamentos de ordenha, resfriamento inteligente do
leite, ordenha robotizada, aplicação de robôs empurradores de alimentos e para
realizar o arraçoamento; utilização de drones e câmera de monitoramento.
Conceitos e direcionamento
No primeiro grupo da pecuária de precisão, há um nível de sistema eletrônico
embarcado ou softwares para gerenciamento de informações. Em outro, estão
tecnologias de comunicação, como a internet. “Aconselho aos pecuaristas que seja
realizado um diagnóstico situacional na propriedade para levantar os pontos a
melhorar mais emergentes. Depois disso, a matriz GUT, uma ferramenta de gestão
que auxilia o técnico e o produtor a definir as prioridades, pode apontar por onde
começar o investimento”, concluiu o instrutor.