A cepa sul-africana é menos letal, mas é bem mais infectante que a Delta
Minas busca reabrir leitos de enfermaria para acompanhar o crescimento de casos.
A variante Ômicron deve ultrapassar a Delta em questão de semanas em Minas Gerais. A informação é do Secretário de Estado de Saúde (SES-MG), Fábio Baccheretti, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6). Apesar de menos letal, o chefe da pasta explica que a cepa sul-africana é mais contagiosa e deve contribuir para um aumento exponencial de casos de Covid no Estado e deixar os pronto-atendimentos mais cheios.
“Certamente estamos na migração da Delta para a Ômicron. Em questão de algumas semanas, a Ômicron vai ser quase 100% no estado, porque é muito infectante, mas é menos mortal que a Delta, conforme estudos”, destaca. A variante delta acabou não provocando uma nova onda de Covid em Minas, é esperado que a Ômicron provoque. Atualmente, 89% dos leitos de enfermaria em Minas estão ocupados, sendo 4,63% de pacientes com Covid-19. Nas UTIs a ocupação é de 50%, com 17% de pacientes com a doença. E há filas: 22 pacientes esperam por uma vaga de UTI Covid-19 nos hospitais mineiros.
Conforme Baccheretti, 679 cidades do Estado não registraram óbitos no último mês. Já nos últimos 15 dias, 765 municípios mineiros não tiveram mortes por Covid-19, o que comprova a importância da vacinação, destacou o secretário.
Até o momento, nenhum paciente com diagnóstico positivo com Ômicron morreu no estado. Além disso, todos os casos confirmados não precisaram de internação e os pacientes estão cumprindo isolamento domiciliar em casa.
Leitos
Segundo Baccheretti, o estado possui leitos de CTI suficientes para atender pacientes e, caso necessário, para abrir de enfermaria. A expectativa é que a demanda de enfermaria seja realmente maior, por conta dos casos menos graves.
“Obviamente, levamos os leitos de enfermaria para atender outras doenças, inclusive cirurgias eletivas que voltaram a ser realizadas no Estado”, disse.