A Câmara Municipal está empenhada para resolver mais um imbróglio que envolve pessoas que levam o nome de Sete Lagoas para todo o Estado.
Os comerciantes que atuam nas feiras livres da cidade estão no centro de uma recomendação do Ministério Público (MP) que pede ao Executivo a realização de uma licitação dos espaços públicos. A questão é semelhante a vivida por quem atua há décadas no Mercado Municipal, o Mercadão.
E a solução pode ser a mesma que foi encontrada pelos vereadores recentemente que aprovaram o tombamento do Mercadão. Para discutir o assunto junto com os feirantes, o Executivo e a população, o vereador Rodrigo Braga (PV) conduziu uma Audiência Pública, no Legislativo, nesta semana.
O secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Alessandro Kelwis, reforçou que há “uma recomendação do MP e temos que seguir ou apresentar outra alternativa. Estamos no lugar certo para isso”, disse o gestor durante a sessão que aconteceu na quarta-feira (27).
Na tentativa de solucionar a questão, Gilson Liboreiro (SD) afirmou que “a Casa vai garantir o direito de vocês, estamos discutindo uma alternativa. Temos que adequar a Legislação para o que pede o MP e tornar (as feiras) um patrimônio imaterial”. Neste sentido já tramita no Legislativo um Projeto de Lei que prevê a elevação do status das feiras livres. Liboreiro redigiu a proposta e vários vereadores já assinaram.
Durante a sessão sugestões também foram apresentadas para, além da questão, impulsionar o alcance das feiras que são marca registrada da cidade. “A realidade das feiras é de tradição, opção de lazer e familiar”, pontuou Ivan Luiz (Patri). E Sílvia Regina (PSD) garantiu que “esta Casa não vai tirar o direito de vocês”.
Isso é o que esperam os feirantes que vivem dos eventos a décadas, como é o caso de Cleicione Viana. Ela trabalha aos domingos na feira da Boa Vista há mais de 20 anos. “Quero pedir que a gente continue com nosso trabalho e que outras pessoas possam trabalham, tem espaço para todos”, entende.
O presidente da sessão, Rodrigo Braga, depois das explanações deliberou sobre os próximos passos. “Tivemos a oportunidade de ouvir todas as partes e agradeço aos feirantes e interessados nas feiras. Foi importante ouvir todos os testemunhos de quem tem como fonte de renda principal a feira”, afirmou.
Do encontro será uma formada uma Comissão de sindicância. “Convidaremos dois feirantes de cada feira para acompanhar a comissão e o trabalho para dialogar com o MP”, definiu Braga. Os vereadores Pr. Alcides (PP), Janderson Avelar (MDB), Heloísa Frois (Cidadania), Ivson Gomes (Cidadania), Junior Sousa (MDB), Carol Canabrava (Avante) Marli de Luquinha (MDB), Eraldo da Saúde (Patri), Caio Valace (Podemos) e Ismael Soares (PSD) participaram e se comprometeram com a categoria.